Nessa adaptação de uma mais uma obra literária, acompanhamos a protagonista Mae conseguindo um emprego dos sonhos na melhor empresa para se trabalhar no mundo: O Círculo (me remeteu muito ao Google, também famosa por essas características). A companhia é super hightech e inova ao apresentar soluções tecnológicas que pretendem trazer inúmeros benefícios para a vida da população. Tudo é tão lindo e maravilhoso que logo me levantou a suspeita de que "podre" estão escondendo por trás de toda essa perfeição.
Com relação à Mae, podemos descrevê-la como uma menina doce, família, preocupada com o pai com necessidades físicas, boa amiga e que logo no início da carreira já ganha destaque na empresa, sendo convidada para um audacioso e estranho experimento. O enredo é muito bem amarrado ao plantar algumas "sementes" estratégicas que são colhidas lá na frente, a Emma Watson está muito bem mais uma vez com sua interpretação muito honesta e o Tom Hanks se apresenta de forma misteriosa ao viver o papel do patrão e inovador ao estilo Steve Jobs. O filme pode ser considerado um grande episódio de Black Mirror e traz para discussão a questão de até que ponto estamos nos expondo e/ou sendo expostos por meio da grande rede de computadores: a internet.
Outras questionáveis ideias inovadoras são demonstradas durante a história (uma em especial nos deixa muito desconfortáveis) e outros temas importantes do mundo tecnológico envolvendo o comportamento humano são bem evidenciados na trama também (como exemplo podemos citar o uso de estimulantes para conseguir trabalhar horas e horas sem parar). A reflexão é realmente inevitável, mas acredito que a história teria um impacto ainda maior se chegasse aos cinemas anos atrás, onde muitos de nós não imaginávamos como a tecnologia estaria hoje em dia.
O Círculo - praticamente um episódio de Black Mirror nas telas dos cinemas
Reviewed by Redação
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junho 22, 2017
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