O Destino de uma Nação - o retrato do ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill

Todo a história contada em O Destino de Uma Nação se passa durante grande parte do mês de Maio de 1940, onde Winston Churchill é escolhido como primeiro ministro do Reino Unido (muito a contra gosto de muitos) e logo em seguida já enfrenta uma grande e importante fase da segunda Guerra Mundial, precisando lidar com uma imensa responsabilidade em cima de seus ombros. O longa-metragem é realmente uma obra prima, com riqueza de detalhes, ambientação impecável, interpretações excelentes, takes com muita simetria, cenas aéreas impressionantes e closes de pessoas e objetos que dão um toque pra lá de especial.

O destaque aqui vai para o protagonista, interpretado por Gary Oldman, que entrega uma persona muito peculiar, com toques de humor e seriedade, mesmo achando que por um fio sua atuação não caiu para um nível caricato demais. Falando agora sobre a maquiagem, Oldman está irreconhecível, mas ao mesmo tempo ninguém ousa a dizer que ali tem próteses faciais e a mão de maquiadores, de tão perfeito que ficou o trabalho final dos profissionais. Outro ponto bacana foi ver o importância das mulheres na drama, onde mesmo não tendo voz nessa época, eram mulheres fortes, como por exemplo a sua esposa, e muito parceira, como era a sua digitadora. 

 

Voltando agora para o segundo e terceiro ato do filme, onde temos o grande ápice da história, acompanhamos por fim todo o trabalho de resgate dos mais de 300.000 soldados em Dunquerque na Operação Dínamo (retratada recentemente por Christopher Nolan no filme Dunkirk) e o dilema em fechar ou não, um acordo de paz com Hitler.

Mesmo O Destino de Uma Nação sendo um ótimo filme, ele não agradará a todos em virtude da temática política e pelo ritmo um pouco devagar em alguns momentos da narrativa. Dica: quem ainda não assistiu ao recém indicado em várias categorias do Oscar, Dunkirk, recomendo assistir após esse filme... um complementa o outro muito bem.