Em Ritmo de Fuga - uma diferente e agradável novidade para os cinemas

Nossa, que filme doidão é Em Ritmo de Fuga... mas só que no bom sentido! Logo no início me perguntava qual o objetivo do protagonista e onde o filme queria chegar, mas mesmo assim já sentia que ali tinha algo diferente para mostrar. Baby é um jovem motorista que auxilia a fuga de roubos de um jeito de dar inveja a qualquer personagem de Velozes e Furiosos. Ele chama a atenção por ser muito quieto e sempre estar com fones e ouvindo suas música, pois isso abafa o constante zumbido que ficou em seu ouvido após um acidente na infância. A música está presente em quase 90% das cenas do filme e se torna essencial para contar a história, pois Baby literalmente age conforme a música.

A inserção da comédia é muito peculiar, entrando de uma forma estranha em situações inusitadas, mas que funciona de um jeito que a princípio parece que não daria certo. Até um pouco mais da metade da história eu ainda estava me adaptando à novidade e tentando ver o filme com outros olhos, mas quando chega ao terceiro ato, a situação fica realmente séria e os fatos a seguir vão te surpreendendo a cada momento, fazendo com que você nem mais arrisque um palpite para adivinhar o que está por vir. O filme é rodado com um tremenda preocupação com a beleza das cenas e para aqueles que curtem uma boa estética cinematográfica, ganha aí um espetáculo visual por si só. 

O protagonista Ansel Elgort, apesar de já conhecido por outros filme como A Culpa é das Estrelas e a série Divergente, é o ponto não tão forte assim do filme, pois mesmo sendo OK em seu papel, ainda falta experiência para entregar uma interpretação ainda mais verdadeira (comparado com outros atores em cena como Jamie Foxx e Kevin Spacey, o contraste fica ainda maior). Sou super a favor de produzirem materiais inovadores com qualidade, o que me deixa muito feliz em ver que o cinema, após anos de história, consegue ainda entregar novidades pra lá de agradáveis.